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Quais São os Princípios Básicos da Administração Pública?

A Administração Pública brasileira é regida por diversos princípios que garantem a legalidade e a ética nas ações do Estado. 


Esses princípios são fundamentais para assegurar que os atos administrativos respeitem a Constituição e sejam direcionados ao bem comum. 


Neste artigo, vamos explorar os princípios que estão estabelecidos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, seus significados e como impactam a gestão pública.

O Que é a Administração Pública?

Antes de entendermos os princípios, é importante compreendermos o que significa Administração Pública. Ela pode ser definida como o conjunto de órgãos, agentes e serviços que o Estado utiliza para atingir seus objetivos, ou seja, para cumprir as finalidades que a sociedade delega ao poder público. 


A Administração Pública pode atuar em diversas esferas, como a federal, estadual e municipal, e abrange tanto os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


O principal objetivo da Administração Pública é atender ao interesse público, promovendo o bem-estar coletivo e gerindo os recursos públicos de maneira eficiente.


Para que esses objetivos sejam atingidos de maneira correta e ética, a Constituição Federal estabelece uma série de princípios que orientam a atuação dos agentes públicos.


Qual a Importância dos Princípios na Administração Pública?

Os princípios que regem a Administração Pública são essenciais para assegurar a transparência e eficiência nas ações do Estado, funcionando como diretrizes para todas as decisões administrativas, desde a contratação de servidores até a prestação de serviços. 


Eles orientam a conduta dos agentes públicos e permitem o controle das atividades da Administração, garantindo que desvios de conduta sejam identificados e corrigidos por meio de auditorias, processos administrativos ou judiciais.


Além disso, esses princípios protegem o cidadão contra abusos de poder, assegurando que a atuação dos gestores públicos esteja sempre voltada ao interesse coletivo, em vez de atender a interesses pessoais ou privados. 


Dessa forma, eles promovem uma gestão pública mais justa e equilibrada, priorizando o bem-estar da sociedade.

Quais São os 5 Cinco Princípios Básicos da Administração Pública Segundo o Artigo 37 da Constituição Federal de 1998 (CF/88)?

O artigo 37 da Constituição Federal de 1988 estabelece cinco princípios básicos que devem ser seguidos por todos os órgãos e agentes da Administração Pública. 


Esses princípios são também conhecidos como princípios explícitos ou basiladores, pois estão expressamente previstos na Constituição.


Os cinco princípios são:

  1. Legalidade: Este princípio significa que a Administração Pública só pode atuar de acordo com a lei. Os atos dos gestores públicos devem estar sempre embasados na legislação, e qualquer ação que esteja em desacordo com as normas legais é considerada inválida.

  2. Impessoalidade: A impessoalidade garante que os atos administrativos sejam realizados de forma neutra, sem favorecer ou prejudicar indivíduos específicos. O gestor público deve agir em nome da coletividade, e não em benefício próprio ou de terceiros.

  3. Moralidade: O princípio da moralidade exige que as ações da Administração Pública sejam realizadas de acordo com os padrões éticos. Não basta que o ato administrativo seja legal; ele também deve ser moralmente correto.

  4. Publicidade: A publicidade é a transparência dos atos administrativos. Este princípio assegura que todas as decisões do Estado sejam publicadas e divulgadas, para que os cidadãos possam acompanhar e fiscalizar as ações dos gestores públicos.

  5. Eficiência: O princípio da eficiência foi incorporado pela Emenda Constitucional nº 19/98 e visa garantir que a Administração Pública busque sempre o melhor resultado possível, utilizando os recursos de forma racional e produtiva.


Como o Princípio da Legalidade Funciona na Prática?

O princípio da legalidade é um dos pilares da Administração Pública. Ele estabelece que todo e qualquer ato administrativo deve estar estritamente pautado na lei. 


Isso significa que o servidor público não tem liberdade para agir de acordo com sua vontade pessoal, mas deve seguir rigorosamente o que a legislação determina.


Por exemplo, um gestor público só pode realizar contratações se estiver seguindo os procedimentos legais, como a realização de concurso público ou a obediência às regras de licitações. Caso contrário, o ato poderá ser anulado e o gestor poderá ser responsabilizado.


O Princípio da Impessoalidade Protege?

Sim, o princípio da impessoalidade é essencial para proteger a Administração Pública contra abusos de poder e favoritismos. 


Ele exige que o servidor público trate todos os cidadãos de maneira igualitária, sem permitir que interesses pessoais interfiram nas suas decisões.


Um exemplo claro de aplicação da impessoalidade é o veto à prática de nepotismo, que consiste na nomeação de parentes para cargos públicos sem o devido processo seletivo. O Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu a ilegalidade dessa prática, justamente por violar o princípio da impessoalidade.


A Publicidade Garante a Transparência da Administração?

A publicidade é um dos mecanismos mais importantes para assegurar a transparência nas ações do Estado. Por meio da divulgação dos atos administrativos, a população tem acesso às informações sobre como os recursos públicos estão sendo utilizados e pode fiscalizar a atuação dos gestores.


Além disso, a publicidade possibilita a prestação de contas por parte dos administradores públicos. Em situações de suspeita de irregularidades, qualquer cidadão pode ter acesso às informações públicas e cobrar a devida apuração por parte dos órgãos competentes.


Qual o Impacto da Eficiência na Gestão Pública?

A eficiência é um princípio relativamente novo, incorporado à Constituição em 1998, mas que tem um impacto profundo na gestão pública. Ele busca garantir que a Administração Pública atue de maneira ágil, produtiva e com foco em resultados, evitando o desperdício de recursos e otimizando o atendimento às demandas da sociedade.


Com a introdução desse princípio, a ideia de burocracia lenta e ineficaz vem sendo progressivamente substituída por uma gestão pública mais dinâmica e orientada por metas. A eficiência impõe que a Administração não apenas cumpra a lei, mas também o faça da maneira mais vantajosa para o interesse público.


Os princípios da Administração Pública, estabelecidos no artigo 37 da Constituição Federal, são fundamentais para assegurar uma gestão ética, transparente e voltada ao bem comum. 


Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência são diretrizes que orientam o comportamento dos gestores e servem como base para o controle social sobre as ações do Estado, garantindo que os interesses da sociedade estejam sempre em primeiro lugar.


É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista. 


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Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito constitucional, acesse nosso Blog Jurídico.


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