Pensão Por Morte Quem Tem Direito
- Mota Tobias
- 24 de jan.
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de jan.
A pensão por morte é um benefício previdenciário destinado aos dependentes do segurado falecido que contribuía para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
É um direito assegurado pela legislação brasileira e visa amparar financeiramente os dependentes após a perda do provedor.
Neste artigo, explicaremos quem tem direito ao benefício, quais são os critérios para sua concessão e as mudanças trazidas pela Reforma da Previdência.
Além disso, abordaremos detalhes sobre os valores e as condições para manutenção do benefício.

Quem pode receber a pensão por morte?
De acordo com a legislação previdenciária, têm direito à pensão por morte os dependentes do segurado falecido, classificados em três classes prioritárias. A primeira inclui o cônjuge, o companheiro em união estável e os filhos menores de 21 anos ou inválidos.
A segunda classe contempla os pais, desde que comprovem dependência econômica.
Já na terceira classe estão os irmãos menores de 21 anos ou inválidos, também mediante comprovação de dependência econômica.
A prioridade segue essa ordem, e a existência de dependentes de uma classe exclui os das subsequentes.
Quais são os critérios para concessão da pensão por morte?
Para que o benefício seja concedido, o falecido deve ter qualidade de segurado na data do óbito, ou seja, estar contribuindo para o INSS ou dentro do período de graça.
Além disso, os dependentes precisam comprovar seu vínculo com o falecido e, em alguns casos, sua dependência econômica. Documentos como certidões de casamento, nascimento ou declaração de união estável são fundamentais nesse processo.
A pensão por morte não é automática, sendo necessário que os dependentes façam o requerimento junto ao INSS.
O que mudou com a Reforma da Previdência?
A Reforma da Previdência, implementada em 2019, trouxe mudanças significativas na pensão por morte.
Antes, o benefício correspondia a 100% do valor da aposentadoria que o falecido recebia ou do valor a que teria direito caso fosse aposentado por invalidez.
Após a reforma, o valor inicial é de 50%, acrescido de 10% por dependente, até o limite de 100%. Além disso, a duração do benefício para o cônjuge passou a variar conforme a idade e o tempo de contribuição do segurado, com prazos definidos entre 3 anos e vitalício, dependendo do caso.
Como é calculado o valor da pensão por morte?
O cálculo do benefício segue as regras de aposentadoria por invalidez.
O valor-base é 60% da média dos salários de contribuição, acrescido de 2% para cada ano de contribuição acima de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens. A partir desse valor, aplica-se a regra de 50% mais 10% por dependente.
Por exemplo, se a média dos salários for R$ 2.000 e houver um cônjuge e dois filhos menores de 21 anos, o benefício será de 80% (50% + 10% + 10% + 10%), totalizando R$ 1.600.
Quando o benefício é cessado?
A pensão por morte é cessada quando o dependente deixa de atender aos critérios para sua manutenção.
Para filhos ou irmãos, o benefício termina ao completarem 21 anos, salvo em casos de invalidez ou deficiência grave.
Já para o cônjuge, a duração varia conforme a idade e o tempo de contribuição do segurado, podendo ser vitalício em alguns casos.
A união estável ou casamento do beneficiário também leva à cessação. É fundamental que os dependentes mantenham suas informações atualizadas no INSS para evitar problemas.
Como solicitar a pensão por morte no INSS?
O pedido de pensão por morte deve ser feito diretamente ao INSS, preferencialmente pelo site ou aplicativo "Meu INSS".
É necessário reunir documentos do falecido e dos dependentes, como RG, CPF, certidão de óbito, comprovantes de dependência e outros que o INSS possa solicitar.
Após o envio, o órgão analisará o pedido, podendo aprovar ou solicitar informações adicionais. É recomendável acompanhar o processo regularmente para garantir que tudo seja resolvido dentro do prazo.
Caso a sua pensão por morte seja negada, leia este artigo Pensão por morte negada.
Quais dúvidas mais comuns sobre a pensão por morte?
Dúvidas frequentes incluem o acúmulo de benefícios e a revisão de valores.
É possível acumular pensão por morte com aposentadoria, mas com restrições no valor total recebido.
Além disso, se o benefício for concedido com erro, o INSS pode revisar os pagamentos.
Em caso de problemas, é aconselhável buscar orientação jurídica. Um advogado especializado em direito previdenciário pode ajudar na análise do caso e garantir que os dependentes tenham seus direitos respeitados, incluindo a solicitação ou revisão da pensão por morte.
A pensão por morte é um direito essencial para garantir segurança financeira aos dependentes do segurado falecido. Compreender as regras e critérios é fundamental para assegurar o acesso ao benefício e evitar complicações.
É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.
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