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O Que São Medidas Protetivas?

  • Foto do escritor: Mota Tobias
    Mota Tobias
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

A violência doméstica é uma realidade que afeta milhares de mulheres no Brasil, mas a legislação oferece mecanismos para proteger as vítimas. 


O que são as medidas protetivas e como elas funcionam? 


Quem pode solicitá-las e quais são os tipos disponíveis? 


E o que acontece em caso de descumprimento de medida protetiva? 


Neste artigo, exploraremos essas questões, mostrando como a Lei Maria da Penha atua para garantir a segurança e a dignidade das mulheres em situação de risco. 


homem segurando punho de outra pessoa
Descubra como essas medidas podem salvar vidas.

O que são medidas protetivas e para que servem?

As medidas protetivas são mecanismos legais previstos na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) para proteger mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 


Elas têm como objetivo garantir a segurança da vítima, prevenir novas agressões e oferecer suporte jurídico e psicológico. 


Essas medidas podem incluir o afastamento do agressor do lar, a proibição de aproximação ou contato com a vítima e a suspensão do porte de armas

Quem pode solicitar medidas protetivas?

As medidas protetivas podem ser solicitadas pela própria vítima de violência doméstica ou aplicadas diretamente pela autoridade policial ou judicial.


Além disso, familiares, vizinhos ou testemunhas também podem denunciar a violência e pedir a aplicação das medidas, desde que haja indícios concretos de risco à segurança da vítima. 


Quais são os tipos de medidas protetivas disponíveis?

Existem dois tipos principais de medidas protetivas: as de urgência e as de proteção patrimonial. 


As medidas de urgência incluem o afastamento do agressor do lar, a proibição de aproximação ou contato com a vítima e a suspensão do porte de armas, conforme a Lei nº 11.340/2006, Art. 22:

"Constituem medidas protetivas de urgência, entre outras, as seguintes:

I - suspensão do porte de armas do agressor, com comunicação ao órgão competente;

II - afastamento do agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida." 


Já as medidas de proteção patrimonial envolvem a restituição de bens, o pagamento de pensão alimentícia e a proteção de documentos pessoais, conforme a Lei nº 11.340/2006, Art. 24:

“[...] o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;

II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;

III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;

IV - prestação de alimentos provisionais ou provisórios."


Cada medida é aplicada conforme a necessidade da vítima e a gravidade da situação, visando garantir sua segurança e bem-estar.

Como as medidas protetivas são aplicadas?

As medidas protetivas são aplicadas por meio de uma decisão judicial, que pode ser solicitada pela vítima ou determinada diretamente pela autoridade policial ou judicial.


Após a solicitação, o juiz analisa o caso e decide quais medidas são necessárias para proteger a vítima. 


Em situações de risco iminente, as medidas podem ser aplicadas de forma imediata, sem a necessidade de audiência prévia, garantindo a segurança da mulher de forma rápida e eficiente.


O que acontece em caso de descumprimento de medida protetiva?

O descumprimento de medida protetiva é considerado crime e pode resultar em penalidades severas para o agressor. 


De acordo com a Lei Maria da Penha, o descumprimento pode levar à prisão em flagrante, detenção de três meses a dois anos e multa. 


Além disso, a vítima deve comunicar imediatamente o descumprimento às autoridades, que tomarão as providências necessárias para garantir sua segurança. 


O descumprimento de medida protetiva é levado a sério pela Justiça, reforçando a importância de seguir as determinações judiciais.


Conclusão

As medidas protetivas são uma ferramenta essencial no combate à violência doméstica e familiar, garantindo a segurança e a integridade das mulheres em situação de risco. 


Elas podem ser solicitadas de forma rápida e incluem desde o afastamento do agressor até a proteção patrimonial. 


O descumprimento de medida protetiva é tratado com rigor pela Justiça, reforçando a importância de seguir as determinações judiciais. 


Com o apoio da rede de proteção, as medidas protetivas ajudam a romper o ciclo de violência e promover a dignidade e a segurança das mulheres.


É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista. 


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