top of page

Meu Marido Faleceu e Não Pagava INSS

A perda de um ente querido é um momento difícil e, além do luto, muitas questões financeiras e legais precisam ser resolvidas.

 

Uma dúvida comum entre as viúvas e outros dependentes é sobre o direito à pensão por morte quando o falecido não contribuía para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

 

Este artigo esclarecerá as regras da pensão por morte, os direitos dos dependentes e quais passos podem ser tomados para garantir algum suporte financeiro.

 

 

Pensão por Morte e Contribuição ao INSS

A pensão por morte é um benefício previdenciário pago aos dependentes de um segurado do INSS que falece.

 

Esse benefício tem como objetivo proporcionar um amparo financeiro aos dependentes, ajudando-os a manter sua qualidade de vida após a perda do provedor.

 

Requisitos para a Pensão por Morte

Para que os dependentes tenham direito à pensão por morte, o falecido deve cumprir alguns requisitos básicos:

  • Qualidade de Segurado: O falecido deve ter a qualidade de segurado na data do óbito. Isso significa que ele deve estar contribuindo para o INSS ou estar no período de graça (tempo em que o segurado mantém a qualidade de segurado mesmo sem contribuir, que pode variar de 3 meses a 36 meses dependendo da situação).

  • Carência: Em alguns casos, é necessário que o falecido tenha cumprido um período mínimo de contribuição (carência), que geralmente é de 18 contribuições mensais.

 

Se o falecido não estava contribuindo para o INSS no momento do óbito e já havia perdido a qualidade de segurado, os dependentes não terão direito à pensão por morte.

O Que Fazer Quando o Falecido Não Pagava INSS?

Quando o falecido não era contribuinte do INSS e, portanto, não há direito à pensão por morte, ainda existem algumas ações que os dependentes podem tomar para garantir algum suporte financeiro ou acesso a recursos que possam estar disponíveis.

 

Verificação de Contas Bancárias e Investimentos

Uma das primeiras ações a serem tomadas é verificar todas as contas bancárias e investimentos que o falecido possuía.

 

Isso pode incluir contas correntes, contas de poupança, aplicações financeiras, fundos de investimento, entre outros.

 

Os dependentes devem entrar em contato com os bancos e instituições financeiras para informar sobre o falecimento e solicitar informações sobre saldos e procedimentos para saque ou transferência dos valores.

 

Procedimentos de Inventário

Se o falecido deixou bens e ativos, será necessário realizar um processo de inventário para distribuir a herança entre os herdeiros.

 

O inventário pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial (em cartório), dependendo da situação e do consenso entre os herdeiros.

 

Durante o inventário, todos os bens do falecido serão identificados e avaliados, e as dívidas serão pagas antes da distribuição dos bens restantes entre os herdeiros.

Benefícios Assistenciais

Embora a pensão por morte seja um benefício previdenciário condicionado à contribuição ao INSS, existem outros tipos de benefícios assistenciais que podem ser considerados.

  • Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS): Concedido a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência de qualquer idade, desde que comprovem baixa renda e não possuam meios de prover a própria manutenção.

  • Programas Sociais: Verificar a elegibilidade para programas sociais municipais, estaduais ou federais que ofereçam suporte financeiro ou outros tipos de assistência.

 

Outros Recursos e Suportes

Além dos benefícios financeiros, é importante buscar suporte emocional e social:

  • Assistência Social: Muitos municípios oferecem serviços de assistência social que podem ajudar a família a passar por esse período difícil.

  • Aconselhamento Jurídico: Consultar um advogado especializado em direito previdenciário pode ajudar a esclarecer dúvidas e orientar sobre os direitos e procedimentos a serem seguidos.

 

Documentação Necessária

Para acessar os recursos financeiros e realizar o inventário, os dependentes precisarão reunir vários documentos, como:

  • Certidão de Óbito: Documento essencial para todos os processos relacionados ao falecimento.

  • Documentos Pessoais do Falecido: RG, CPF, certidão de casamento, documentos de propriedade, entre outros.

  • Documentos dos Herdeiros: RG, CPF e comprovantes de residência dos herdeiros.


Conclusão

Quando um ente querido falece sem estar contribuindo para o INSS, os dependentes podem enfrentar desafios adicionais ao buscar suporte financeiro.

 

Embora a pensão por morte não seja uma opção nesses casos, é possível explorar outras fontes de recursos, como contas bancárias, investimentos e benefícios assistenciais.

 

Realizar um inventário é fundamental para a correta distribuição dos bens e a quitação de dívidas. Buscar orientação jurídica e social pode ajudar a família a lidar melhor com as questões práticas e emocionais desse período difícil.

 

Se você está passando por essa situação, considere consultar um advogado especializado para obter orientação personalizada e garantir que todos os seus direitos sejam protegidos.

 

É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.

 

Nossa equipe está pronta para oferecer serviços de consultoria e assessoria para clientes em todo o Brasil. Para entrar em contato, basta nos enviar uma mensagem no What'sApp.

 

Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito previdenciário, acesse nosso Blog Jurídico


16 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Nosso Blog:

Sempre atualizados!

bottom of page