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Como Divorciar Sem Advogado?

Ao buscar alternativas mais rápidas e econômicas para o divórcio, muitas pessoas se perguntam se é possível realizar o processo sem a presença de um advogado. Essa questão surge frequentemente, especialmente quando o casal está em consenso e deseja uma solução mais prática. 


No entanto, entender como funciona o processo de divórcio e as exigências legais é fundamental para garantir que os direitos sejam respeitados e que o procedimento ocorra de maneira correta.

Advogado para separação
Entenda se realmente é necessário um advogado para você se divorciar.

O que acontece se tentar divorciar sem um advogado?

Muitas pessoas pensam que podem conduzir o divórcio sozinhas, especialmente quando não há grandes disputas, como a guarda de filhos ou partilha de bens. No entanto, a lei brasileira exige a participação de um advogado. 


O Código de Processo Civil deixa claro que em casos de divórcio, mesmo amigável, a assinatura de um advogado é obrigatória, tanto nos processos judiciais quanto nos extrajudiciais, realizados em cartório. 


Portanto a presença de um profissional é essencial para garantir que os direitos de ambas as partes sejam assegurados, evitando qualquer injustiça ou erro que possa surgir no processo.


Quais são as formas de divórcio no Brasil?

Existem dois tipos principais de divórcio no Brasil: judicial e extrajudicial. O divórcio judicial ocorre no âmbito do Judiciário, e o extrajudicial pode ser realizado em cartório, mas ambos os tipos requerem a presença de um advogado.


No divórcio judicial, o processo se dá no tribunal, seja de forma consensual (quando ambos concordam com os termos) ou litigiosa (quando há disputa sobre a partilha de bens, guarda de filhos, etc.). 


Já o divórcio extrajudicial ocorre diretamente no cartório e só pode ser utilizado quando não há filhos menores ou incapazes envolvidos e o casal está em comum acordo sobre a divisão de bens. 


Além disso, ambos precisam estar de acordo com o divórcio e não podem ter questões pendentes a serem discutidas.

Divórcio com filhos é possível no cartório?

Quando o casal tem filhos menores de idade ou incapazes, o divórcio deve, obrigatoriamente, ser judicial. 


Isso ocorre porque, nesses casos, o juiz deve analisar e aprovar as condições estabelecidas pelos pais em relação à guarda, visitação e pensão alimentícia, sempre priorizando o interesse das crianças. 


Em situações como essa, é necessário apresentar um plano parental, detalhando como a guarda será dividida e como será o regime de convivência com os filhos.


Já em casos de divórcio sem filhos ou com filhos maiores de idade, é possível optar pelo divórcio extrajudicial, desde que ambos os cônjuges estejam em consenso e todas as questões sejam resolvidas de forma amigável. 


Mas, novamente, a participação de um advogado é imprescindível, pois ele irá assessorar as partes e garantir que o processo seja realizado de forma correta.


Divórcio com ou sem bens: como proceder?

Outro fator importante a ser considerado em um divórcio é a partilha de bens. A divisão dos bens adquiridos durante o casamento dependerá do regime de casamento adotado. 


No regime de comunhão parcial de bens, os bens adquiridos durante o casamento devem ser divididos igualmente entre os cônjuges. 


No regime de comunhão universal de bens, todos os bens, tanto os adquiridos antes quanto durante o casamento, são divididos. Já no regime de separação total de bens, cada cônjuge mantém os bens que adquiriu antes e durante o casamento.


Caso queira saber mais sobre o regime da separação total de bens, já escrevemos um artigo sobre isso no Blog, com o título Como Funciona o Regime da Separação Total de Bens?.


Se os cônjuges concordarem com a divisão dos bens, o processo pode ser realizado de forma amigável, o que facilita a conclusão do divórcio. 


No entanto, se houver divergências, o caso deverá ser resolvido por meio de um divórcio litigioso, no qual o juiz decidirá sobre a partilha dos bens, após ouvir ambas as partes.


Quando o divórcio é litigioso, o que fazer?

Quando o casal não chega a um acordo sobre o divórcio, seja em relação à guarda dos filhos, pensão ou divisão de bens, o processo torna-se litigioso, ou seja, judicial. 


Nesse tipo de divórcio, cada cônjuge deve contratar seu próprio advogado, que irá representá-lo durante o processo. A partir daí, o juiz é quem decidirá as questões pendentes, após ouvir os argumentos de ambas as partes.


Esse processo tende a ser mais demorado e custoso, pois as partes podem recorrer das decisões do juiz. Além disso, a falta de consenso pode prolongar as negociações, aumentando as chances de litígios.


Qual a importância de um advogado no divórcio?

Além da obrigatoriedade legal, a participação de um advogado no divórcio é crucial para que o processo ocorra de forma justa e correta. O advogado é responsável por garantir que os direitos de seu cliente sejam respeitados e por orientar sobre as melhores opções, de acordo com cada situação. 


Isso é especialmente importante em casos mais complexos, como quando há filhos menores, muitos bens ou conflitos entre as partes.


Seja no divórcio judicial ou extrajudicial, o advogado assegura que todas as questões sejam resolvidas de forma adequada e que o processo ocorra conforme as normas legais. Ele também ajuda a evitar erros que possam resultar em prejuízos financeiros ou emocionais no futuro.


Quanto tempo demora para se divorciar no Brasil?

O tempo de duração de um processo de divórcio varia muito de acordo com o tipo de divórcio escolhido e se há consenso entre as partes. Um divórcio consensual extrajudicial pode ser finalizado em questão de dias ou semanas, dependendo do cartório e da disponibilidade dos cônjuges. Já um divórcio litigioso pode demorar meses ou até anos, dependendo da complexidade do caso e das disputas envolvidas.


Se as partes estiverem de acordo em todas as questões, o divórcio será mais rápido. No entanto, se houver disputas sobre guarda de filhos, pensão alimentícia ou divisão de bens, o processo pode se arrastar por mais tempo, até que o juiz tome uma decisão final.


Conclusão: é possível divorciar sem advogado?

Portanto, é impossível se divorciar sem a assistência de um advogado. Independentemente da forma de divórcio escolhida, judicial ou extrajudicial, a assinatura de um advogado é obrigatória, conforme previsto na legislação brasileira. 


Além disso, o advogado desempenha um papel fundamental em garantir que o processo ocorra de forma justa e que os direitos de ambas as partes sejam resguardados.


É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista. 


Nossa equipe está pronta para oferecer serviços de consultoria e assessoria para clientes em todo o Brasil. Para entrar em contato, basta nos enviar uma mensagem no What'sApp


Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito civil, acesse nosso Blog Jurídico.


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