Auxílio Funeral Recusado. O Que Fazer?
- Mota Tobias
- 26 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de mar.
A perda de um ente querido é um momento delicado e, muitas vezes, acompanhado de preocupações financeiras.
Para auxiliar nesse cenário, existe o auxílio-funeral, um benefício previdenciário voltado a servidores públicos e seus dependentes.
No entanto, nem sempre o processo de solicitação é simples, e a recusa do benefício pode gerar ainda mais incertezas.
O que fazer quando o auxílio-funeral é negado? Quais são os caminhos para garantir esse direito?
Este artigo explora essas questões, oferecendo orientações claras e práticas para enfrentar essa situação.

O que é o auxílio-funeral e quem tem direito a ele?
O auxílio-funeral é um benefício previdenciário destinado a cobrir despesas com o sepultamento de servidores públicos ou seus dependentes.
Diferente do regime geral da Previdência Social (INSS), esse benefício é pago por regimes próprios de previdência, como os dos servidores públicos estaduais, municipais ou federais.
Ele é voltado para quem arca com os custos do funeral, seja um familiar ou terceiro.
No entanto, para ter acesso ao benefício, é necessário comprovar o vínculo do falecido com o regime de previdência e apresentar documentos que atestem as despesas realizadas.
Por que o auxílio-funeral pode ser recusado?
A recusa do auxílio-funeral pode ocorrer por diversos motivos, como a falta de documentação necessária, a inexistência de vínculo do falecido com o regime de previdência ou erros no preenchimento do requerimento.
Em alguns casos, o órgão responsável pode alegar que as despesas não foram comprovadas adequadamente ou que o prazo para solicitação foi ultrapassado.
É importante ressaltar que cada regime de previdência tem suas próprias regras, o que pode gerar confusão e até injustiças.
Quais documentos são necessários para solicitar o auxílio-funeral?
Para evitar a recusa do benefício, é fundamental reunir toda a documentação exigida.
Isso inclui a certidão de óbito, comprovantes de despesas do funeral (como notas fiscais e recibos), documentos pessoais do falecido (carteira de identidade, CPF, comprovante de vínculo com o regime de previdência) e documentos do requerente (RG, CPF e comprovante de residência).
Além disso, é preciso apresentar comprovantes que demonstrem o vínculo entre o requerente e o falecido, como certidões de casamento ou declarações de dependência.
Como recorrer em caso de recusa do auxílio-funeral?
Caso o auxílio-funeral seja recusado, o primeiro passo é verificar o motivo da negativa, que deve ser informado por escrito pelo órgão responsável.
Com base nisso, o requerente pode apresentar um recurso administrativo, solicitando a revisão da decisão.
Esse recurso deve ser fundamentado e acompanhado de todos os documentos que comprovem o direito ao benefício.
Em muitos casos, a simples regularização da documentação ou a correção de erros no requerimento inicial pode resolver o problema.
Quando é necessário buscar a via judicial?
Se o recurso administrativo não for aceito ou se o órgão responsável persistir em negar o benefício de forma injusta, a alternativa é ingressar com uma ação judicial. Nesse caso, é fundamental contar com a assistência de um advogado especializado em direito previdenciário ou direito administrativo.
A ação judicial pode ser proposta na Justiça Federal ou na Justiça Estadual, dependendo do regime de previdência envolvido.
O juiz analisará os documentos e argumentos apresentados e poderá determinar o pagamento do auxílio-funeral.
Conclusão
O auxílio-funeral é um direito importante para quem arca com as despesas de sepultamento de servidores públicos ou seus dependentes.
No entanto, a recusa do benefício pode ocorrer por diversos motivos, desde a falta de documentação até erros no processo de solicitação.
Diante disso, é fundamental conhecer os procedimentos para recorrer da decisão, seja por meio de recursos administrativos ou ações judiciais. Com organização e persistência, é possível garantir o pagamento do auxílio-funeral e amenizar o impacto financeiro em um momento já tão difícil.
É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.
Nossa equipe está pronta para oferecer serviços de consultoria e assessoria para clientes em todo o Brasil. Para entrar em contato, basta nos enviar uma mensagem no What'sApp.
Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito previdenciário, acesse nosso Blog Jurídico.