Alguém Alterou a Operadora Associada ao Meu Número Sem Minha Aprovação
- Mota Tobias
- 16 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de jan.
A portabilidade de número é um direito, mas sua execução deve respeitar normas que protejam o consumidor.
Quando ocorre sem autorização, como em casos de fraude, os prejuízos podem ser significativos, incluindo perdas financeiras e danos morais.
Este artigo explica seus direitos, a responsabilidade das operadoras e os passos para buscar reparação.
Entenda como agir diante de uma transferência não solicitada de sua linha telefônica e descubra como garantir justiça em situações que afetam diretamente sua segurança e tranquilidade.

O que é portabilidade indevida?
A portabilidade numérica é um direito do consumidor que permite a troca de operadora mantendo o número de telefone.
No entanto, problemas surgem quando essa transferência ocorre sem a autorização do titular da linha, caracterizando a chamada portabilidade indevida.
Esse tipo de situação geralmente ocorre devido a falhas nos processos de segurança das operadoras, como a falta de verificação dos dados cadastrais ou até mesmo a manipulação fraudulenta de informações por terceiros.
Por ser um serviço regulado, as operadoras têm a obrigação de garantir que a transferência seja realizada apenas com o consentimento do titular.
Quem é responsável por evitar e corrigir a portabilidade indevida?
A responsabilidade de evitar a portabilidade indevida recai solidariamente sobre as operadoras envolvidas no processo.
Isso significa que tanto a empresa de origem quanto a de destino devem adotar medidas eficazes para verificar a autenticidade das solicitações de transferência.
De acordo com a legislação de defesa do consumidor, as empresas devem zelar pela segurança dos dados cadastrais e prevenir que terceiros se utilizem de informações fraudulentas para realizar a portabilidade.
Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Caso isso não seja feito, ambas podem ser responsabilizadas por eventuais prejuízos, independentemente de quem cometeu a falha diretamente.
O que fazer caso seu número seja transferido sem autorização?
Se o consumidor perceber que sua linha foi transferida indevidamente, deve agir rapidamente para minimizar os danos. O primeiro passo é entrar em contato com as operadoras envolvidas, relatando o ocorrido e exigindo a reversão imediata da portabilidade.
Paralelamente, é essencial registrar uma reclamação junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão regulador responsável por fiscalizar o setor.
Se a solução não for satisfatória, o consumidor pode buscar o apoio do Procon, Reclame Aqui ou de um advogado especializado para tomar medidas judiciais, garantindo a restituição de eventuais prejuízos.
O consumidor tem direito a indenização por danos morais?
Sim, a jurisprudência brasileira reconhece que a portabilidade indevida pode causar abalos psicológicos e transtornos significativos, configurando o direito à indenização por danos morais.
Além disso, o Código de Defesa do Consumidor prevê que a má prestação de serviços é passível de reparação.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
Em decisões recentes, tribunais têm condenado operadoras a pagar indenizações não apenas pelos danos materiais causados, mas também pelos danos morais decorrentes do estresse, do prejuízo à reputação e do impacto na vida pessoal e profissional do consumidor afetado.
O que fazer para proteger seus direitos?
É essencial que o consumidor esteja atento a qualquer movimentação incomum relacionada à sua linha telefônica.
Desconfie de ligações ou mensagens solicitando dados pessoais e nunca forneça informações confidenciais sem verificar a procedência.
Caso enfrente problemas, documente todas as etapas de sua tentativa de resolução, incluindo protocolos de atendimento e e-mails enviados às operadoras. Se necessário, procure orientação jurídica para exigir a reparação de danos.
Por fim, ao se informar sobre seus direitos e deveres, o consumidor está mais preparado para lidar com imprevistos e defender-se de práticas abusivas.
É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.
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